28 de fevereiro de 2011

Crítica e delicadeza



No último fim-de-semana, Benedito Nunes faleceu. Perde a crítica literária brasileira um dos seus mais delicados e dedicados nomes. Do Pará vinha essa voz, que permaneceu em Belém até o fim da vida. Escreveu textos maravilhosos sobre Clarice Lispector (a quem dedicou o belo livro O drama da linguagem), João Cabral de Melo Neto, Guimarães Rosa, entre tantos outros.
Ouvir Benedito Nunes era assistir a uma aula preparada com cuidado por um leitor apaixonado que olhava para a literatura com olhos de filósofo, mas sem pretender transformá-la em mero exemplo das ideias discutidas.
Melhor homenagem: ler os seus textos, ler seus os autores preferidos.
Aqui um texto da revista Brasileiros

25 de fevereiro de 2011

Nem só de frevo

é feito o carnaval do Recife. Há frevo e muito mais. Ritmos diversos, em múltiplos espaços. A programação é vasta e variada. Vale conferir em sites e blogs que divulgam o que vai rolar em todos os palcos. Segunda-feira, KARINA BUHR, que nasceu na Bahia e cresceu no Recife, de onde tem o sotaque, mostra no Pátio de São Pedro as composições bem elaboradas do disco Eu menti para você. Antes da carreira solo, ela fazia parte da banda Comadre Florzinha.

Abaixo, "Vira pó" e "Nassiria e Najaf, uma inusitada canção de ninar cantada por Karina Buhr e Edgard Scandurra, também na guitarra, para crianças de Bagdá que tentam dormir em meio aos destroços de uma guerra terrível, desigual, absurda, iniciada e continuada pelo imperialismo americano.






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23 de fevereiro de 2011

Museu virtual




O artproject do google nos leva a alguns dos museus mais interessantes do mundo. Nele, é possível "andar" pelo museu escolhido e também usar o zoom para observar detalhes de cada obra. Tão longe, tão perto. Dica de Madalena Zambi.

16 de fevereiro de 2011

Bolso cheio

Diversão das férias. Entre conversas, descansos, leituras e muita música, Tazio, mais uma vez, me mostrou um site muito interessante: O Música de Bolso. Com vários cliques, é possível ouvir algumas vozes que já estavam nas paradas ou muitas que surgiram agora. Para começar, uma cantora baiana, Márcia Castro, que canta composição bem-humorada de Luciano Salvador Bahia; depois, Tulipa Ruiz, que já andou em alguns programas de TV:






14 de fevereiro de 2011

Augusto de Campos


Entro no coro dos contentes com o aniversário de oitenta anos de Augusto de Campos.
Aproveito o dia e agradeço o biscoito fino, todas as alegrias que ele generosamente nos deu, com seus poemas, suas traduções, seus textos críticos, com tudo que produziu em seu percurso genial por caminhos inventados/inventivos.

Evoé, Augusto!

A bela homenagem orquestrada na Errática

5 de fevereiro de 2011

Festa


Assim é Itamar Assumpção: uma grande festa, em que dançamos, rimos, pensamos. Sempre protegidos pela bela figura de quase dois metros de um artista muito inventivo e surpreendente, não só quando grava músicas de Ataulfo Alves, em um Cd incrível, mas em todas as suas composições, quase sempre (des)concertantes.
Guardo imagens e sons muito vivos de shows de Itamar que tive a felicidade de assistir, em São Paulo e em Brasília. Difícil escolher o melhor disco. Aqui em casa tocam sempre Sampa Midnight , Pretobrás, Beleléu, leléu, eu, os três (Bicho de 7 cabeças I, II e III) que fez com as Orquídeas do Brasil, cantoras maravilhosas.

Saiu há pouco a Caixa Preta, com 12 CDs, mais de oito horas de alegria, alegria. Há inéditos e também todos os que ele lançou ao longo de sua carreira independente (de modas, de grandes gravadoras, quase sempre, das revistas, do rádio, dos programas de auditórios...). Grandes parcerias: Ná Ozzetti, Arrigo Barnabé, Leminski... Com Naná Vasconcelos, fez um disco ótimo, já no fim da vida: Vasconcelos e Assumpção, isso vai dar repercussão.

Ouvir Itamar Assumpção ajuda a melhorar o dia, a vida.

4 de fevereiro de 2011

O Egito não é longe daqui

Nas últimas semanas, acompanhamos os acontecimentos no Egito, com alegria (pelas possibilidades de mudanças boas que se abrem) e com temor (pelas vidas dos manifestantes e intervenções violentas do governo egípcio e de seus apoiadores, como Israel, o maior projeto imperialista do século XXI). Li e vi várias matérias e imagens. O mundo se alarga. Os laços da solidariedade se amarram em alguns momentos. Recebemos mensagens das mais variadas origens sobre temas que tocam as questões do Oriente Médio; somos convidados também a ouvir suas músicas, (re)ler seus poetas e romancistas.