14 de janeiro de 2011

Chuva, política e jornalismo

Nas últimas eleições, ficou muito clara a atuação da mídia hegemônica como uma espécie de partido (chamado por alguns mais críticos e atentos de PIG, Partido da Imprensa Golpista), com claros projetos políticos elitistas, excludentes, reacionários. A entrevista da professora Marilena Chauí, publicada recentemente na Revista Caros Amigos, e também a entrevista do jurista Fábio Konder Comparato, que vem discutindo democratização da mídia, há muito tempo, nos ajudam a entender esse quadro.
Nos últimos episódios da ocupação militar no complexo do Alemão (questionável sob todos os aspectos) e agora das chuvas no Rio e em São Paulo, acompanhamos, impressionados, a falta de compromisso com um mínimo de seriedade, pesquisa e pluralidade de opiniões. Em quase todas as matérias, em especial da Globo e dos seus jornais, rádios e sites, temos só chavões e imagens que pretendem 1. atingir inimigos políticos (principalmente o ex-presidente Lula, que diminuiu de 90% para 45% a participação da Globo na verba do governo federal para publicidade); 2. eximir de qualquer responsabilidade os protegidos, como os políticos do PSDB e DEM (e protetores, pois este apoio é baseado em muito dinheiro do estado brasileiro transferido para esses meios de comunicação; o governo de São Paulo, por exemplo, dá muito dinheiro à Folha de São Paulo e ao Estadão, de diversas formas; o governo do Rio desviou verba que deveria ser investida na prevenção de desastres decorrentes da chuva para a Fundação Roberto Marinho, como denuncia Luis Nassif, em seu blog, para ler clique aqui ) e 3. negar informação de qualidade à população, como mostra este texto do Observatório da Imprensa. Carta Maior, site organizado por Emir Sader, publica texto muito interessante sobre como o estado pode agir para evitar esse tipo de catástrofe, leia aqui

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